2 de nov. de 2012

A Postura Demagógica Pós-Eleitoral


Findadas as eleições ocorre um fenômeno característico daquilo que Gramsci chama de “pequena política” ou “política de corredores, de intriga” e que eu particularmente gosto de chamar de postura demagógica pós-eleitoral.

A postura demagógica pós-eleitoral fica mais explicita nos políticos que saem derrotados nas urnas, muitos destes ao decorrer, ou mesmo antes, do processo eleitoral ao se consideraram superiores ao partido e à própria militância acreditam que apenas o seu nome é suficiente para que sejam eleitos. Esquecem-se, esses políticos, de que num partido como o PT a primeira medida de um candidato que se pretende ser eleito em um cargo majoritário e a conquista da própria militância do partido. Estes mesmo políticos acreditam que apenas a força de gordas verbas de campanha e de nomes aparentemente “fortes” podem ser suficientes para elegê-lo, e ao não terem sucesso no pleito eleitoral terminam por insistir em críticas, estas nas muitas vezes as mesmas ao qual usaram como argumento para sustentar suas candidaturas ante uma visão majoritariamente contraria à mesma por parte da militância, contra aliados internos e externos criando, ou agravando, situações e/ou conjunturas que poderiam ser destencionadas e/ou evitadas.

Chamo estas críticas de demagógicas, pois as mesmas quase magicamente são convertidas em afagos e elogios ao menor tintilar de moedas. E aqui se encontra o caráter nocivo de tais quais críticas, pois elas geralmente são advindas de uma prática política pragmática e utilitarista, pois são críticas completamente desconexas da realidade da conjuntura política ao qual os candidatos estão inseridos, e esses políticos tem consciência dessa desconexão, e fazem essas críticas para não assumirem que suas decisões, em muitas vezes “caciquistas”, foram as responsáveis pela derrota no pleito eleitoral. Quando da consciência e da conquistas da militância para um projeto político-eleitoral a derrota, quando vem, se deve a fatores externos além da capacidade dos candidatos. Quem podem ser desde uma real conquista do eleitorado pelo adversário do pleito, até a práticas eleitorais viciosas e venenosas como a compra de votos.

A postura demagógica pós-eleitoral é um vicio recorrente a lideranças desgastadas e temerosas da renovação partidária.


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