Existe uma expressão que cai bem ao vocabulário político
“Cantar a Pedra”, “cantar a pedra” geralmente é utilizado quando alguém previu
acontecimento futuros. Na política “cantar a pedra” não é apenas prever o que
vai acontecer, mas sim dizer o cenário que se pretende construir. O ato de “cantar
a pedra” na política é usado mais como um “aviso” velado do que como uma
previsão.
A relação entre a imprensa e os políticos é um
caso de amor e ódio, os políticos amam a imprensa quando lhes “favorecem” e a
odeiam quando lhes “prejudicam” e a imprensa é sempre o veiculo que eles, os
políticos, usam quando querem “cantar uma pedra”. Analisar com cuidado as notas
e entrevistas à imprensa concedidas por políticos nos permite ter um vislumbre
de quais podem ser suas próximas jogadas, aliando um conhecimento das práticas
políticas e da cultura política do político é possível quase que prever o que
os “avisos” escondidos nas “pedras cantadas” querem dizer e a quem se
direcionam.
Ao analisar as notas e entrevistas à imprensa
deve-se considerar o cenário político em que o político que as concede está
inserido dentro de seu partido e quais as relações políticas que este
desenvolve, se submete e ou está ligado. A política está cheia de mestres titereiros¹ e não é de nenhuma
raridade que estes se utilizam de outros para “cantar suas pedras”, às vezes
quando um político “canta uma pedra” ele o está fazendo sob coordenação de
outrem.
As entrevistas concedidas durante as eleições deste
ano de 2012, contem dezenas de “pedras cantadas” sobre o cenário que se
estabelecerá nas eleições de 2014. Tentar entender o cenário que vir a ser construído
é de suma importância para que nem os analistas políticos cometam previsões com
grandes disparidades em relação à realidade e para que os atores políticos não se
deixem cair em engodos políticos que já ocorreram e não souberam antever e se
preparar.
Existem no Brasil cinco capitais cujo processo
eleitoral é de suma importância para tentar compreender qual o cenário que pode
vir a ser construído para o ano de 2014. Os movimentos políticos e entrevistas
a cerca das eleições municipais de Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro,
Salvador e São Paulo podem nos dizer hoje quem planeja o que para 2014 e quem
quer construir qual cenário para 2014 e por que.
E aqui destaco de forma singular o caso das
eleições municipais do Recife onde certos engodos construídos com verdades
deram errado e seus articuladores podem tentar de novo, só que em nível
nacional.
1 Mestre Titereiro, nome dado aquele é
especialista na manipulação de bonecos.
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