3 de set. de 2012

O Cantar das Pedras de 2014



Existe uma expressão que cai bem ao vocabulário político “Cantar a Pedra”, “cantar a pedra” geralmente é utilizado quando alguém previu acontecimento futuros. Na política “cantar a pedra” não é apenas prever o que vai acontecer, mas sim dizer o cenário que se pretende construir. O ato de “cantar a pedra” na política é usado mais como um “aviso” velado do que como uma previsão.

A relação entre a imprensa e os políticos é um caso de amor e ódio, os políticos amam a imprensa quando lhes “favorecem” e a odeiam quando lhes “prejudicam” e a imprensa é sempre o veiculo que eles, os políticos, usam quando querem “cantar uma pedra”. Analisar com cuidado as notas e entrevistas à imprensa concedidas por políticos nos permite ter um vislumbre de quais podem ser suas próximas jogadas, aliando um conhecimento das práticas políticas e da cultura política do político é possível quase que prever o que os “avisos” escondidos nas “pedras cantadas” querem dizer e a quem se direcionam.

Ao analisar as notas e entrevistas à imprensa deve-se considerar o cenário político em que o político que as concede está inserido dentro de seu partido e quais as relações políticas que este desenvolve, se submete e ou está ligado. A política está cheia de mestres titereiros¹ e não é de nenhuma raridade que estes se utilizam de outros para “cantar suas pedras”, às vezes quando um político “canta uma pedra” ele o está fazendo sob coordenação de outrem.

As entrevistas concedidas durante as eleições deste ano de 2012, contem dezenas de “pedras cantadas” sobre o cenário que se estabelecerá nas eleições de 2014. Tentar entender o cenário que vir a ser construído é de suma importância para que nem os analistas políticos cometam previsões com grandes disparidades em relação à realidade e para que os atores políticos não se deixem cair em engodos políticos que já ocorreram e não souberam antever e se preparar.

Existem no Brasil cinco capitais cujo processo eleitoral é de suma importância para tentar compreender qual o cenário que pode vir a ser construído para o ano de 2014. Os movimentos políticos e entrevistas a cerca das eleições municipais de Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo podem nos dizer hoje quem planeja o que para 2014 e quem quer construir qual cenário para 2014 e por que.

E aqui destaco de forma singular o caso das eleições municipais do Recife onde certos engodos construídos com verdades deram errado e seus articuladores podem tentar de novo, só que em nível nacional.


1 Mestre Titereiro, nome dado aquele é especialista na manipulação de bonecos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário