Quando a
presidenta não só antecipa o anuncio da redução, mas aumenta os percentuais ela
está se antecipando tanto em relação à oposição quanto em relação à mídia está
aos poucos construindo uma agenda de discussão eleitoral que esteja dentro de
sua zona de conforto. Quem pensa que a presidenta vai se limitar a possuir a
redução da energia como única bandeira eleitoral não entende de política. O
próximo “alvo” da presidenta será, o tão propagandeado pela mídia oportunista
que vê em Eduardo Campos uma nova Marina Silva, pacto federativo.
Resolver o pacto
federativo colocaria a presidenta Dilma na posição de não apenas a primeira
presidente do Brasil, mas também a posição de presidente que melhor e mais
discutiu e resolveu problemas estruturais do estado brasileiro. Se o governo
Lula foi um governo da política, o governo Dilma está sendo um governo da
estrutura. O estilo “gerencial/gestor” de Dilma está enfim se propondo a
efetivamente pensar soluções para problemas estruturais que se arrastam no país
desde a redemocratização.
A reeleição da
presidenta é continuidade de um projeto político que se iniciou em 2002 com
eleição do presidente Lula e que agora se qualifica. A eleição do presidente
Lula quebrou barreiras: a primeira delas política rompendo com um histórico de
governos iminentemente elitistas, a segunda simbólica quando enfim a classe
trabalhadora pode chegar à presidência do país e a terceira e ultima cultural
ao elevar o Brasil internamente e externamente (mesmo a elite reacionária
brasileira expondo no horário nobre todos os dias o contrario) ao papel que
sempre lhe foi de direito, um país aberto, ativo, e amigos para com seus irmãos.
Mas a eleição da presidenta Dilma vai além com um novo modo de fazer política
que nos devemos defender e nos unir na luta.
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