27 de jan. de 2013

Redução da energia elétrica e as eleições de 2014



Poucos podem ter entendido a real importância do pronunciamento da presidenta Dilma no último dia 23, para aqueles mais atentos com o desenrolar do jogo político pós-eleições municipais ficou explicito os atores que estão se preparando para disputar a eleição presidencial. Aécio Neves, Marina Silva são os dois atores que sempre são lembrados entre os fortes candidatos ao pleito nacional, mas que ainda não lançaram agendas para a disputa eleitoral.

Quando a presidenta não só antecipa o anuncio da redução, mas aumenta os percentuais ela está se antecipando tanto em relação à oposição quanto em relação à mídia está aos poucos construindo uma agenda de discussão eleitoral que esteja dentro de sua zona de conforto. Quem pensa que a presidenta vai se limitar a possuir a redução da energia como única bandeira eleitoral não entende de política. O próximo “alvo” da presidenta será, o tão propagandeado pela mídia oportunista que vê em Eduardo Campos uma nova Marina Silva, pacto federativo.

Resolver o pacto federativo colocaria a presidenta Dilma na posição de não apenas a primeira presidente do Brasil, mas também a posição de presidente que melhor e mais discutiu e resolveu problemas estruturais do estado brasileiro. Se o governo Lula foi um governo da política, o governo Dilma está sendo um governo da estrutura. O estilo “gerencial/gestor” de Dilma está enfim se propondo a efetivamente pensar soluções para problemas estruturais que se arrastam no país desde a redemocratização.


A reeleição da presidenta é continuidade de um projeto político que se iniciou em 2002 com eleição do presidente Lula e que agora se qualifica. A eleição do presidente Lula quebrou barreiras: a primeira delas política rompendo com um histórico de governos iminentemente elitistas, a segunda simbólica quando enfim a classe trabalhadora pode chegar à presidência do país e a terceira e ultima cultural ao elevar o Brasil internamente e externamente (mesmo a elite reacionária brasileira expondo no horário nobre todos os dias o contrario) ao papel que sempre lhe foi de direito, um país aberto, ativo, e amigos para com seus irmãos. Mas a eleição da presidenta Dilma vai além com um novo modo de fazer política que nos devemos defender e nos unir na luta.

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