Duas das maiores tarefas para qualquer partido é gerar lideres,
e renovar seus quadros. Aliar esses dois processos é de crucial importância para
que um partido não perca a capacidade de renovar seu discurso, sem esquecer-se
de suas bandeiras, na medida em que a população renova suas demandas políticas,
sociais e econômicos.
O PT mesmo com todos os seus defeitos, soube, com a
liderança do Presidente Lula, renovar seus quadros de uma forma não
convencional. Uma das características mais nocivas da política é o apego e o
desejo à perpetuação do poder. Hoje no Brasil nos podemos encontrar deputados e
senadores que estão no poder desde os tempos da ditadura, e muitos destes
tolhem dentro de seus próprios partidos quaisquer avanços de novos quadros,
potenciais lideranças, que com um novo discurso e novas práticas podem suplantar
por vez seus lugares, e nenhum partido está isento desse tipo de prática.
O presidente Lula ao lançar a companheira Dilma Rousseff
à corrida presidencial em 2010 soube antever essas dificuldades e soube
analisar que muitos dos quadros consagrados da política brasileira se encontram
hoje falidos no discurso e no projeto. Muitos falaram em 2010 que a Dilma seria
apenas um poste, aqueles que puderam assistir com atenção o discurso em cadeia
nacional de radio e televisão no ultimo dia 23 de janeiro vão perceber que a
Dilma que concorreu à presidência em 2010 já não existe mais. A Dilma de hoje é
um política da grande política, e quando preciso da pequena política, mas mais
do que isso hoje ela é uma líder. Liderança que foi formada por vias não
tradicionais devido ao processo de apego ao poder que existe nas figuras
clássicas da política brasileira. Nesta área o PT tomou uma decisão ousada e
pioneira ao limitar o numero de candidaturas que seus quadros podem assumir.
Nestes 10 anos de governo petista a oposição parece nada
ter aprendido, ao pré-lançar a candidatura de Aécio Neves, um senado apático e
sem grandes projetos, com uma equipe composta majoritariamente pelos velhos
assessores de FHC o PSDB está juntando o velho ao paleolítico. Está
incapacidade em avaliar que existem problemas estruturais nos partidos levará a
oposição a mais um fracasso eleitoral, a não existência de uma oposição é revés
para a republica brasileira, e por mais que ela, a oposição, e a grande mídia digam
o contrario a culpa é única e exclusivamente dele próprios.
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